Leitura: O despertar das sombras - Capítulo 19
- Gabriel Chico
- 2 de dez. de 2016
- 6 min de leitura

Autor: Gabriel Augusto
Publicação: Outubro de 2015
Tema central: Vampiros, família, amor e suspense
Páginas: 117
Capítulo 19
Mamãe?
Ok. Eu não sei o que era mais estranho. Se era a mãe do Seth estar parada na porta vendo seu filho com um outro cara seminu na cama ou se era o Seth não ter mencionado que sua mãe viria nós buscar.
- Você deve ser o famosos Alexander. – Ela apontou para mim com um sorriso grande e branco estampado no seu rosto. – Opa, não, Alexander não... Alex. Prazer em conhece-lo, meu nome é Éris Gremory, mas me chama só de Éris.
- Prazer... prazer é meu. – Minha voz não saía direito.
- Agora Seth Gremory, eu sei que sou uma mãe super descolada e tudo mais. – Ela olhava para ele, com olhar de reprovação. – Mas, realmente viu, precisava ser na minha frente? – Ela bufou.
- Primeiro de tudo, você que arrombou a fechadura. Segundo, não aconteceu nada aqui, estávamos muito cansados para rolar algo. – Seth disse emburrado.
Cutuquei Seth. Nossa que vergonha, conheço pela primeira vez a mãe do meu namorado e ela me encontra desse jeito de cueca e camiseta. Que constrangedor eu não sabia onde enfiar a cara, minha vontade era de me jogar da janela, pelo menos não morreria de vergonha.
- Tudo bem foi mal, vou esperar do lado de fora, enquanto vocês se arrumam. – Disse ela, fechando a porta.
- Me mato agora ou depois? – Falei irritado.
- Relaxa, não é a primeira vez que minha mãe me vê com alguém.
Levantei da cama e fui no banheiro pegar minha roupa que já estava seca.
- Waw! Que ótimo saber que meu namorado dorme com qualquer um.
Enfiei a calça depressa.
- Não vamos bancar o ciumento.
- Estão prontos? – A Éris perguntou do outro lado da porta.
- Quase. – Seth gritou.
- Eu estou. – Disse.
Fui em direção da porta. Quando ele me puxou e me jogou na cama.
- Você não está pronto ainda. – Ficou por cima de mim segurando meus braços para cima.
- Me solta Seth, não tem graça.
- Falta meu beijo de bom dia. – Me beijou. Como era bom estar com ele, perto dele. Ele era meu só meu.
Uma palpitação me tirou do transe.
- Seth melhor sair de cima, você sabe o que aconteceu na última vez.
- Tem razão. – Ele se levantou e pegou minha mão me pondo de pé.
Abri a porta e a mãe dele estava parada com o pé na parede e braços cruzados.
Agora que eu realmente acordei. Percebi que os dois pareciam muito. Ela era alta com o corpo esguio e forte, seus olhos eram negros iguais ao de Seth, os mesmos cabelos avermelhados, porém o dela caia em camadas até o ombro. Ela parecia uma deusa grega linda, sensual e forte.
- Vamos então.
Descemos as escadas em forma de caracol do hotel. Fechamos a nossa conta com o senhorzinho de cabelo grisalho da recepção.
- Meu carro está ali na frente, vão indo. – Ela apontou para fora do hotel.
O carro que estava parado perto de um hidrante. O seu carro era um clássico Impala 67 azul-escuro sem nenhum arranhão e sua lataria bem polida.
- Alex esse é meu bebê, amo mais que qualquer coisa na minha vida.
- Realmente! Ela ama essa quinquilharia mais do que o próprio filho.
- Não seja melodramático. – Éris deu um tapinha nos ombros de Seth. – Vamos para casa meninos.
A pista asfaltada, o cheiro da grama molhada e as poucas casas que se encontravam no bairro, parecia que eu estava fazendo um clipe country de um cantor americano.
- Então Alex como descobriu sobre os vampiros? – Ela iniciou o interrogatório.
Ótima pergunta. Como que vou inventar uma mentira dessas?
Seth viu meu desespero e falou.
- Mãe! – Ele começou. – Foi Alex que me salvou disso. – Ele abaixou a gola de sua blusa e mostrou as duas marquinhas rosadas em seu pescoço.
Ela freou. Imediatamente fazendo meu corpo bater na poltrona do carro.
- Mamãe cuidado né.
Mulher louca. Pensei comigo.
- O que aqueles monstros fizeram com meu filho? Eu sabia que isso poderia acontecer, como iria deixar um garoto de 19 anos enfiado naquele lugar horrendo. – Não gostei quando ela sugeriu que meus pais eram monstro, porém fiquei admirado com a preocupação que ela tinha com Seth.
- Tudo bem mamãe, eu lutei com um tal de Buze que atormentava uma garota, ele levou a pior é claro, só que eu fiquei com essa marquinha. – Ele me olhou. – Alex que me achou e me ajudou.
Ela me encarou com carinho.
- Tenho uma dívida com você Alexander Shener, vou protege-lo e ajuda-lo, igual você fez com meu filho.
- Obrigado Sra. Éris. – Disse sem graça.
- Sra. Não, por favor. Me sinto velha, apenas Éris.
Quando chegamos na cede, ela era totalmente diferente do que eu imaginara.
Era uma casa no estilo vitoriana com tantas janelas que era difícil de contar, os tijolos a vista dando um ar de rústico encantava quem a visse. Suas vigas que sustentava a varanda da casa, juntamente com os detalhes das janelas, cercadinho e calhas eram de madeira branca e na frente dela um grande salgueiro sombrio se estendia por toda a varanda.
Em seguida, Éris subiu os pequenos degraus que dava a varanda da casa e virou a chave na fechadura. Entramos no hall de entrada que era iluminado pela luz que saía de um magnífico lustre, papel de parede marrom com arabescos pretos dava um ar de sofisticação no lugar. Nas paredes brilhavam candelabros com lâmpadas em forma de vela, uma mesa de marfim que ficava no final do corredor tinha um buque de flores com vários tipos delas.
Uma porta de correr do nosso lado se abriu.
- Graça a Deus você chegou, estava com saudades. – Disse uma garota loira de rabo de cavalo que se jogou em cima de Seth.
- Oi. Afrodite. Também senti sua falta. – Ela o largou e olhou para mim com expressão de surpresa.
- Você trouxe seu namorado para cá? Oi Alex, meu nome é Afrodite. – Ela me deu um beijo no rosto, seus lábios eram macios.
- Prazer. Você me conhece? – Disse eu desconfiado.
- Não tem como não te conhecer, Seth falou de você as férias todas. – Ela balançava seus braços finos no ar. – Muito amor para uma pessoa só.
Estufei o peito triunfante. Seth sussurrou um pedido de desculpas.
- Que algazarra é essa? – Disse um homenzinho pequetuxo de meia idade. - Ah. O senhor briguento está de volta, bom te ver rapaz e vejo que trouxe companhia.
- Oi Sr....
- ...Sr. Hefesto. – Ele me cumprimentou com um aperto de mão, quase arrancou meus dedos fora. Independente da altura, ele era bem forte.
- Sou Alex, refugiado da Noite Eterna. – Disse confiante.
- Não se preocupe minha criança, vamos te proteger aqui. – Disse Hefesto.
- Alex provou ser valente quando ajudou meu filho a se recuperar de uma mordida.
- Como assim meu anjinho foi mordido. – Afrodite levantou a camiseta de Seth, procurando o ferimento.
- Eu estou bem agora.
- Que bom! Porque temos trabalho a fazer. – Saiu um cara bruto de regata e calça jeans com cicatrizes imensas nos seus braços amostra. Ele me provocou um certo desconforto.
Éris foi até ele e deu um selinho.
Seth revirou os olhos.
- Alex, esse é o padrasto de Seth... Cronos.
Ele deu um sorriso macabro para mim e eu senti um calafrio.
- Vamos entrando, vocês devem estar com fome. – Hefesto me empurrava gentilmente para uma sala ao lado.
Era uma sala de jantar com um enorme espelho na parede, a mesa no centro da sala era de no estilo colonial com madeira na cor marrom opaca e em cima dela tinha alguns petiscos. Me sentia naqueles filmes da realeza francesa.
Era tudo tão “antigamente sofisticado”.
- Coma, sinta-se à vontade querido. – Disse Éris. – Depois de tudo o que você passou, imagino que esteja com fome.
- Sem querer ser mal-educado, mas estou faminto.
Seth puxou a cadeira para me sentar. Sorri meio envergonhado.
Quando sentei...
Uma pedra atravessou a janela de vidro acertando o ombro de Afrodite.
Todos olharam espantados, enquanto Afrodite gritava de dor.
E na varanda, o meu pior medo...
Um grupo de vampiros com sede de vingança.
Acompanhe o livro:
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Epílogo
Anexos
Origem dos personagens
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