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Leitura: O despertar das sombras - Capítulo 06

  • Gabriel Chico
  • 2 de set. de 2016
  • 5 min de leitura

A teoria de tudo

Autor: Gabriel Augusto


Publicação: Outubro de 2015


Tema central: Vampiros, família, amor e suspense


Páginas: 117


Capítulo 06


O céu tinha um lindo toque de azul celeste. Tranquilo, como se nada hoje pudesse dar errado. Acordei entorpecido pelas lembranças de ontem à noite, que apesar do fator “garçonete oferecida”, não me atrapalhou nem um pouco.

- E como foi ontem meu filho? – Papai me perguntou, cortando dos meus devaneios de um dia perfeito.

- Foi legal! – Dessa vez não sentira a vontade de desabafar com meus pais, queria deixar essa sensação apenas comigo.

Os dois se entreolharam, como que por mágica eles poderiam saber o que estava se passando na cabeça de cada um.

- Passe a manhã com a gente. - Minha mãe com seus lindos olhos grandes e expressivos me pedia encarecidamente para que eu ficasse com eles.

- Não posso, prometi que eu iria encontrar com Polly para almoçarmos juntos e depois ir para aula.

- Ok. Bem que você faz de não descumprir sua promessa. Nos vemos amanhã então. – Apesar de não gostar de desapontar meus pais eu queria muito falar com a Polly sobre o que aconteceu ontem. Além do mais, sábado estava logo aí e eu poderia ficar com meus pais.

Terminei de tomar café com eles e voltei para meu dormitório para me arrumar para encontrar com Polly.


- Quer dizer que foi maravilhoso seu passeio com o Eric? – Ela me olhava surpresa enquanto bebia pelo canudinho o seu milk-shake de chocolate.

- Porque você parece tão surpresa?

- Ah! É que eu não ouvi falar muitas coisas boas sobre o Eric. Mas fico feliz que ele te deixa bem.

- Não sei o motivo de você e o Seth desconfiarem tanto de Eric. Ele nunca me deu razão para pensar mal dele. - E era uma verdade, Eric sempre me tratou bem desde o começo. Por que seria diferente agora?

- Esquece o que eu digo. – Ela abanou as mãos e continuou a tomar seu copo gigante de milk-shake.

De repente ela pulou.

- Você ouviu esse barulho?

- Não!

E de novo. Um estrondo muito forte bateu na nossa porta, e junto dele murmurinhos e gritos.

- Isso é uma briga? – Perguntei com os olhos arregalados.

- Deve ser, vamos dar uma olhada. – Antes que eu pudesse falar alguma coisa, ou impedir ela de sair do quarto. Era tarde demais.

Quando ela abriu a porta. Seth caiu sob seus pés.

Meu coração parou na hora.

Meu Deus era ele que estava brigando, mas com quem?

- E da próxima você vai estar morto. – Bento estava com o punho serrado e com um olhar e ódio negro.

- Com certeza um de nós vai estar morto da próxima. – Nunca vi o Seth desse jeito, ele estava me assustando muito.

A plateia que ficava em volta aplaudia Bento e gritos de euforia percorria todo o corredor.

Quando a multidão se desfez, pude focar toda minha atenção em Seth.

- Você está bem? – Seus lábios estavam sangrando e acredito que ele tinha muita dor no corpo.

- Estou ótimo, isso iria acontecer algum dia!

- Que diabos você fez amigo? – Can entrou no corredor correndo e se ajoelhou para ajudar Seth a levantar.

- Can para de ser mulherzinha.

- Desculpa se ser mulherzinha e se preocupar com seu colega de quarto, por que então eu sou muito mulherzinha.

Todos riram.

Can sabia como deixar o ambiente mais leve e como fazer as pessoas ficarem bem com suas palhaçadas.

- Já que você está com o Can, sei que está em boas mãos. – Eu não sei o que deu em mim, só que eu não queria ficar ali com o Seth... não naquele momento.

Dei as costas peguei a mão de Polly e entrei direto no quarto.

- Alex! – Ele gritou. – Quero ficar com você.

Mas suas palavras ficaram sufocadas com o peso da porta entre elas.


Saindo do quarto de Polly, descendo as escadas da torre sul para ir ao lado norte. Encontrei Can sentado na escada pegando matinho no chão.

- Oi.

- Alex, meu ilustre amigo. Estava esperando por você!

Por que eu já sabia que essa conversa iria direito ao assunto “Seth”?

- Alguma coisa que eu possa fazer?

- Só queria perguntar, por que você está tratando Seth com indiferença? – Ele olhava para o chão continuando a tirar matinho do chão. – Eu sei que não é da minha conta, mas ele está meio abatido de alguns dias para cá. E pelo jeito que ele chamou seu nome ontem de noite, enquanto dormia. – Seus olhos agora estavam olhando para os meus. – Tenho certeza que o motivo é você.

- Can eu gosto de você, você sabe... e eu sei que se importa muito com o Seth. Mas ele é instável e briguento. E as vezes eu não sei o que ele realmente quer, uma hora ele está bem... na outra ele está sendo misterioso e bruto. – Mas eu gosto dele assim. – Eu gosto dele, porém, a minha vida tem sido um grande e turbulento mar de problemas e adaptações. Eu não sei se eu conseguiria lidar com uma pessoa igual a ele agora. – Nunca fora sincera desse jeito.

- Eu entendo, realmente eu entendo. – Seu suspiro de desapontamento foi de cortar o coração. – Me desculpe por me intrometer.

- Tudo bem. Você só estava pensando no seu amigo, talvez eu vá conversar com ele ainda hoje ok?

- Ok! Obrigado. Ale, obrigado de coração.

Sorri e vi Can se afastar de cabeça baixa e com as mãos no bolso.

Me perguntava se foi Seth que mandou Can falar comigo, mas algo me dizia que ele não era do tipo que pede ajuda para os amigos quando se trata de assuntos amorosos, quer dizer, quando se trata de qualquer assunto.

- Oi Sr. Ciumento. - Eric estava atrás de mim com um sorriso largo no rosto, seu sorriso era lindo e encantador.

- Não sou ciumento, a garçonete que era muito oferecida.

Ele me deu um beijo no rosto

- Você fica lindo com ciúmes.

- E você não cansa de me deixar com vergonha. – Sentou ao meu lado e colocou suas mãos frias e grandes sobre as minhas, alguma coisa naquelas mãos me confortava.

Não, está tudo bem. Mas poderíamos levantar do chão frio? – De repente veio a lembrança daquele dia, e eu senti de novo as mãos de Seth encaixando nas minhas. - O que você está fazendo na floresta esse horário, tão cedo? – Como poderia pensar nele, enquanto estava com Eric? Isso é errado.

- Tudo bem? – Acordei dos meus devaneios com Seth.

- Estou sim. – Menti... essa confusão serpenteando minha mente, me deixava muito mal.

- Parece que não. – Pense em alguma mentira.

- Só estou preocupado com o baile das flores. E eu estou um pouco cansado também. – Por favor acredite nas minhas palavras.

- Deite aqui. – Ele me puxou para perto dele e em seus ombros minha cabeça repousou graciosamente. – E sobre o baile... você me daria a honra de ir comigo Sr. Alex Shener?

Como eu poderia recusar?


Acompanhe o livro:


Capítulo 02

Capítulo 03

Capítulo 04

Capítulo 05

Capítulo 06

Capítulo 07

Capítulo 08

Capítulo 09

Capítulo 10

Capítulo 11

Capítulo 12

Capítulo 13

Capítulo 14

Capítulo 15

Capítulo 16

Capítulo 17

Capítulo 18

Capítulo 19

Capítulo 20

Epílogo

Anexos

Origem dos personagens

 

Baixe o texto em pdf: clique aqui.

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